No meio do caminho tinha uma colmeia

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Por Diego Toscano

Cláudia Conceição sempre teve o sonho de correr. Pela falta de conhecimento e alguém que a incentivasse, deixou o tempo passar. Ela se casou e teve filhos. Mas, bem lá no fundo, o desejo de disputar uma competição de rua continuava vivo. Os anos foram passando e o peso começou a chamar a atenção dela. “Para quem até os 26 anos pesava 70kg, 13 anos mais tarde (2005), subi na balança e me assustei: 91,5 quilos”, ressaltou. “Resolvi que iria a uma endocrinologista e mudaria meus hábitos. Saí da consulta e fui logo comprar coisas mais saudáveis. Comecei a dieta no dia seguinte”, explicou.

A caminhada e a corrida foram os próximos passos. Os resultados não demoraram a chegar: mais de 20 kg foram embora. O exercício físico passou a fazer parte da sua rotina. Entretanto, faltava alguma coisa. O mundo deu voltas. E lá estava ela, novamente atrás do que queria: competir.

No dia 14 de abril de 2011, o sonho se realizou. A corrida era a 4ª Meia Maratona da Linha Verde, em Belo Horizonte. Os 5,8 km mais felizes da vida dela. Mais do que o quarto lugar, um excelente resultado para uma estreante, ela celebrou mais uma etapa  conquistada da vida. E não parou mais.

Cláudia correu também a Volta da Pampulha e a Meia Maratona de Belo Horizonte, mas foi a Volta da Lagoa dos Ingleses que deixou lembranças. E elas não são nada agradáveis. A corrida aconteceu em 2011 e tinha 13 km de extensão, com subidas e descidas no asfalto, matagal e terra. O percurso era para ser uma verdadeira aventura.

Mas, perto do quilometro três, Cláudia percebeu que algo de muito errado estava acontecendo. “Era uma descida que tinha mato de um lado e um muro do outro. Comecei a ouvir o grito de corredores, alertando para continuar a correr sem parar”, relembrou. Era um enxame de abelhas enfurecidas, que atacava a todos os atletas que por ali passavam.

Por algum milagre divino, Cláudia não levou nenhuma ferroada, mas vários atletas passaram mal e precisaram ser medicados. “Mesmo com toda a dificuldade, terminei a prova em 1h12m36s. Ainda enfrentei neblina para voltar para casa. Mas o que seriam dos sonhos se não fossem os obstáculos?”, frisou.

E você, tem alguma história marcante com as corridas? Mande pra gente! historias@corre10.com.br

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