Por Diego Toscano
Saci-Pererê, Fada do Dente e Comadre Florzinha. Se as crendices populares estão em todos os lugares, na corrida não seria diferente. Esses mitos tem origens variadas e muito antigas, mas abusam na criatividade. O Corre10 fez uma pesquisa e vai explicar o que é verdade e o que é mentira no esporte de rua mais famoso do mundo.
Entrou para o mundo da corrida, adeus joelho. Expressão tão errada quanto usada. O famoso “Joelho de Corredor”tem mais a ver com o excesso de esforço físico submetido pelo próprio atleta que, na ânsia de quebrar recordes e distâncias, acaba extrapolando o seu limite. Treinando corretamente, o risco de estourar essa articulação é pequeno.
“É normal correr com dor”. Parafraseando uma propaganda da televisão, normal é se sentir bem. Treinar com dores pode agravar lesões que você ainda nem conhece, ou então que ainda estão em tratamento. Novamente, todo corredor bem treinado e que respeita as orientações do seu treinador, dificilmente terá essas reclamações. O que todos terão no final da prova é o cansaço, que é absolutamente normal.
Tem umas expressões que são engraçadas até de se acreditar. “Correr agasalhado para suar mais ajuda a perder peso”. Uma dieta aliada ao exercício físico faz as pessoas emagrecerem. Treinar agasalhado em dias de sol só vai fazer o atleta ficar mais desidratado.
“Quem corre na chuva fica gripado” também é uma afirmação muito ouvida nas ruas, mas que também está incorreta. Essa doença não se pega pelo corredor na hora da corrida, apenas ao final dela. O clima vai estar frio e se o competidor não se secar e agasalhar-se bem, o risco de ficar doente é grande.
Mas a mais absurda das expressões, que chega a ser um golpe na democracia das corridas, onde todos podem se exercitar, é dizer que “corrida tem limite de idade”. Ela mantém a pessoa equilibrada por mais tempo e com maior vitalidade. É e sempre será indicada para todas as idades, etnias e gêneros. Até os que tem problemas físicos, podem usar a caminhada como opção. Não acreditem em tudo que dizem.
